Incontinência Urinária: O que é?
Você sabe o que é incontiência urinária e quais são suas causas? E o tratamento ideal para essa condição? Veja neste post a respeito deste assunto de forma descomplicada e objetiva.
PROTOCOLOS DE TRATAMENTO
10/26/20243 min read
O que é
A incontinência urinária (I.U.) é qualquer tipo de perda involuntária de xixi, seja ela por grandes esforços como durante exercícios extenuantes, ou por um simples espirro, risada ou ainda sem nenhum esforço aparente. A IU é uma condição que compromete o bem-estar físico, emocional, psicológico e social das pessoas. Pode acontecer em qualquer momento da vida, desde a infância até a terceira idade, e a Sociedade Internacional de Continência em 2017 estima que 200 milhões de pessoas vivam com incontinência urinária ao redor do mundo.
Nós mulheres temos maior predisposição de apresentar essa condição devido a uma característica anatômica, o que nos dá uma menor capacidade de oclusão uretral e isso se deve ao fato de a uretra funcional feminina ser mais curta e a continência depender não somente do funcionamento esfincteriano adequado, mas também de uma rede de apoio de sustentação uretral (músculos e ligamentos) e transmissão da pressão abdominal para a nossa bexiga.
Quais são as causas
As causas para a I.U. são diversas, e é preciso entender o que tem gerado tal condição clínica para sabermos qual direção seguir. A presença de IU pode ser dividida de acordo com a origem neurogênica (p.ex., por lesão medular traumática, esclerose múltipla, acidente vascular cerebral) e não neurogênica (p. ex. hiperatividade detrusora, insuficiência intrínseca do esfíncter uretral, cirurgias da próstata). O Protocolo que iremos abordar neste texto trata de causas não neurogênicas, especificamente a IU aos esforços e a IU por urgência no adulto.
Existem tipos?
A IU pode ser classificada em três tipos, a 1) IU aos esforços, 2) IU de urgência e 3) IU mista. A Incontinência Urinária aos Esforços (IUE) ocorre devido a uma deficiência no suporte vesical e uretral que é feito pelos músculos do assoalho pélvico ou por uma fraqueza ou lesão do esfíncter uretral. Assim, podendo ocorrer perda de urina em situações de aumento da pressão intra-abdominal, tais como, tossir, espirrar, correr, rir, pegar peso, levantar da posição sentada ou até mesmo andar. Essa situação é bastante frequente em mulheres. Em homens sem alterações neurológicas relevantes, esse tipo de incontinência ocorre após prostatectomia, em que o mecanismo esfincteriano proximal é removido.
Já a Incontinência Urinária de Urgência (IUU) ocorre como consequência da hiperatividade detrusora (que é quando o músculo detrusor apresenta contração involuntária). Para a preservação da continência urinária, é fundamental que a bexiga apresente função normal e a pressão intravesical deve permanecer relativamente baixa e constante durante todo o seu enchimento. Em pessoas com a sensibilidade vesical preservada, a hiperatividade detrusora leva a um desejo súbito e imperioso de urinar. Quando a contração vesical supera a capacidade dos músculos do assoalho pélvico de segurar o xixi, ocorre a IUU.
Várias situações podem levar a hiperatividade detrusora, desde uma infecção urinária que irrita a mucosa vesical até uma alteração, identificável ou não, da inervação vesical. Os sintomas mais comuns associados a IUU são urgência miccional, polaciúria (vontade de urinar um número de vezes maior que o normal) e noctúria (necessidade de acordar a noite devido a vontade de fazer xixi). A incontinência Urinária Mista (IUM) é a combinação da IUE e IUU, ou seja, uma insuficiência do fechamento da uretra associada à hiperatividade detrusora, que é a contração da musculatura lisa que envolve nossa bexiga.
O que a ICS recomenda?
Embora seja uma condição que cause alto desconforto e gere inclusive isolamento social por parte de quem sofre com isso, o tratamento conservador para I.U. é visto como primeira linha escolha e o treinamento dos músculos do assoalho pélvico é recomendado pela Sociedade Internacional de Continência (ICS) como o mais eficaz na maioria dos casos. Ter uma musculatura bem treinada e com bom trofismo é essencial para manter-se no controle das suas funções esfincterianas. Além de melhorar sua autoestima e beneficiar outras áreas da sua saúde íntima! Não perca a chance de conhecer um pouco mais sobre o seu assoalho pélvico! A meta é ser feliz! Até mais!
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