Endometriose: entenda
Você já ouviu falar sobre endometriose? Por acaso tem esse diagnósto? Este post é para você que gostaria de entender mais sobre o assunto! A verdade nua e crua sem arrodeios.
10/28/20243 min read
Segundo a Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (EBSERH, 2023) estimasse que mais de 190 milhões de mulheres em idade reprodutiva de todo o mundo sejam acometidas pela endometriose, e só no Brasil, elas representam cerca de sete milhões. Existem vários fatores associados ao surgimento da endometriose, como por exemplo a história familiar materna; as más-formações uterinas; a menarca (primeira menstruação) precoce; e os ciclos menstruais curtos ou longos de alto estresse.
O que é
A endometriose é uma condição ginecológica benigna na qual células ectópicas semelhantes ao endométrio estão localizadas fora da cavidade uterina. Ou seja, temos um tipo especial de célula na parte de dentro do nosso útero, chamada de célula glandular endometrial compondo a camada do endométrio. Quando esse mesmo tipo de célula nasce em um lugar fora do esperado, se tornando assim ectópica, ela passa a ser o que clinicamente chamamos de endometriose. Em 30% dos casos a paciente por ser assintomática, contudo, a maioria acaba sofrendo com fortes dores e outros sintomas desconfortáveis geradas por esta condição.
Sintomas
O principal sintoma clínico da endometriose é dor intensa durante a menstruação (dismenorreia). Dor durante a relação sexual (dispareunia) também é comum, assim como o desenvolvimento de dor pélvica crônica (DPC). Outras condições associadas à endometriose incluem ainda: síndrome do intestino irritável, síndrome da bexiga dolorosa, dor abdominal, enxaqueca, perda de qualidade de vida e fadiga. Há a hipótese de que uma via imunológica e inflamatória específica seja comum a todas essas condições e à endometriose.
Tem cura?
Dos anos 2000 para a atualidade vem sido crescente o número de casos clínicos, contudo, o diagnóstico da endometriose não é tão simples de ser confirmado, podendo demorar em média até 8 anos de investigação, e durante este tempo pode desenvolver-se distúrbios musculoesqueléticos secundários à endometriose, bem como distúrbios psicológicos (Tennfjord MK, Gabrielsen R, Tellum T; 2021).
Segundo Tennfjord e colaboradoras (2021), em revisão sistemática e meta-análise, não há cura definitiva para a endometriose. Desta forma, o foco principal do tratamento é controlar a dor associada, que é alcançada pela supressão hormonal da doença ou excisão cirúrgica. Ambas as intervenções ainda não são suficientes para erradicar os sintomas, causando frustração tanto na paciente quando a sua rede de apoio.
Tem tratamento!
Os avanços na compreensão da endometriose expandiram o foco em tratamentos menos invasivos e não farmacológicos. As diretrizes clínicas internacionais sugeriram focar no papel da atividade física e do exercício focal nos músculos do assoalho pélvico como parte da abordagem terapêutica para mulheres que sofrem de sintomas associados à endometriose. A inflamação que define a endometriose causa sensibilização dos órgãos pélvico e este mecanismo torna plausível que o efeito anti-inflamatório da atividade física e dos exercícios dos músculos do assoalho pélvico impeça o desenvolvimento da doença e melhore a dor associada.
A endometriose é uma condição complexa que tem tratamento e precisa de uma equipe multidisciplinar para um manejo adequado, levando em consideração aspectos nutricionais, físicos, fisiológicos e farmacológicos.
Importante:
É importante que a paciente, ao receber seu diagnóstico, mantenha-se focado na busca do seu bem-estar e controle da dor, uma vez que as adaptações de estilo de vida nem sempre são fáceis de serem aceitadas de imediato. Ser acompanhado por um profissional que te passe segurança e tenha rigor científico fará toda diferença no seu processo de cura. Lembre-se: a meta é ser feliz! Tenha paciência com seu corpo, e até breve.
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